Como a profecia afeta minha vida diária?
As profecias encontradas na Bíblia nos foram
dadas para nos ajudar em nossa vida espiritual enquanto aguardamos diariamente
a vinda de Cristo (2 Timóteo 3.16,17). O Dr. Charles Dyer observa:
Deus deu a profecia para mudar nossos
corações, não para encher nossas mentes de conhecimento. Deus não predisse
eventos futuros só para satisfazer nossa curiosidade sobre o futuro. Toda vez
que anuncia eventos que ainda são futuros, Ele inclui com Suas previsões
aplicações práticas para a vida. As palavras de Deus sobre o futuro contêm
conselhos específicos para o “aqui, e o agora.”[1]
A profecia é importante. Entre os benefícios de estudá-la estão:
louvor a Deus (Romanos 11.36), encorajamento (1 Tessalonicenses 4.18; 5.9),
estabilidade (2 Tessalonicenses 2.1-3,15), e santidade (2 Pedro 3.11,12,14,17).[2]
Como posso manter o equilíbrio quando estudo
a profecia bíblica?
Observamos que uma interpretação gramatical,
histórica e contextual consistente é necessária para entender a Bíblia corretamente.[3] E enquanto interpreta a Escritura, você
deve aplicá-la em oração à sua vida. Não devemos ver a profecia com cinismo ou
confusão. Ela vai acontecer e Deus usa a verdade profética para muitos
propósitos. Nossa responsabilidade é entendê-la corretamente e estar prontos
para deixar que Ele a use em nossas vidas. Devemos ter consciência dos
benefícios e das limitações dos estudos proféticos.
Enquanto interpreta a Escritura, você deve aplicá-la em oração à
sua vida.
Atualmente há um evidente e generalizado cinismo sobre a
profecia bíblica. É comum ouvir pessoas dizerem de várias maneiras que não
acham que a profecia bíblica seja importante. Isso geralmente leva a
negligenciar quase 25 porcento da Palavra de Deus que
afeta a maneira de ver a Bíblia como um todo.
Um motivo pelo qual muitos desprezam a
profecia é em reação aos que marcam datas. Estes “fanáticos em profecia”
prejudicam o nome de Cristo porque levam outras pessoas a evitar ao máximo os
marcadores de datas. Isto produz constantes advertências contra o estudo da
profecia bíblica – quando a reação correta deveria ser advertir contra a
marcação de datas.
Outra razão para uma interpretação desequilibrada da profecia é
vista na tendência de alguns profissionais de nível acadêmico de não levarem
passagens proféticas da Bíblia tão a sério quanto seus colegas leigos. O Dr.
Paul Boyer nos ajuda a entender isso quando observa:
Até ao Iluminismo, a profecia bíblica
era levada a sério em todo o mundo cristão, em todos os níveis sociais e
educacionais, por causa das indicações que dava sobre o plano divino de Deus.
Mas à medida em que o ceticismo e o racionalismo
conquistaram espaço no século dezoito, as posições acadêmicas e populares
destes textos foram divergindo gradualmente. No nível popular, principalmente
na América, os textos apocalípticos continuaram os mesmos: uma fonte vital de
doutrina, afirmação, e previsão. Os crentes comuns continuaram a estudar suas
páginas e esperar ansiosamente os eventos previstos ali.[4]
A Dra. Marjorie Reeves,
importante historiadora da profecia do fim da Idade Média faz eco aos
pensamentos de Boyer:
Hoje muitas conclusões são baseadas
num tipo de predição que está evoluindo sob regras derivadas do método
científico... O conceito medieval de profecia pressupunha uma providência
divina realizando sua vontade na história... Apesar de se formarem maneiras
diferentes de ver o futuro no século dezesseis, elas eram compatíveis com as
antigas doutrinas nas mentes de governantes, clérigos, e estudiosos. Só com
relutância, no século dezessete, a profecia foi considerada ultrapassada como
uma perspectiva em relação ao futuro...
Mas hoje a profecia deixou de ser
importante exceto na periferia da civilização moderna... Talvez possamos dizer
que somente quando homens inteligentes e estudados deixaram de levar a profecia
a sério é que a Idade Média realmente terminou. O que desejo demonstrar é que
essa mudança está ligada a uma modificação de toda a nossa atitude em relação à
história e à nossa própria participação nela.[5]
Não somos pessimistas quanto ao futuro, mas somos realistas.
A maneira de mantermos o equilíbrio no estudo da profecia
bíblica é tratar toda a Bíblia de maneira coerente. A profecia bíblica não
deveria ser estudada nem mais nem menos que outros assuntos bíblicos.
Qual é a esperança para o futuro?
A esperança para o crente continua sendo a volta do Senhor Jesus
Cristo para os Seus no arrebatamento. Tito 2.13 admoesta os crentes a aguardar “a
bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador
Cristo Jesus.” Neste ínterim, devemos ser fiéis a Ele, proclamar o
evangelho da salvação a todos que ouvirem, e “fazer o bem a todos, mas
principalmente aos da família da fé” (Gálatas 6.10). Não somos pessimistas
quanto ao futuro, mas somos realistas. Temos certeza de que, sejam quais forem as manchetes de amanhã, nossa esperança e nosso destino
estão
Notas
Extraído do livro A
Verdade Sobre O Ano 2000 e as Previsões da Volta de Cristo.